Dos mais saborosos e precisos ensaios de Augusto Meyer sobre Machado de Assis chama-se
"Na Casa Verde", que parte da leitura de "O Alienista". Meyer, referência obrigatória entre os estudiosos da obra machadiana, começa refletindo sobre o "problema do humour",
citando uma reflexão certeira se Alcides Maya, que é a seguinte:
"Enfado e tristeza do mundo e do homem, mas tristeza mista de impassibilidade e de pena à percepção das coisas e enfado que o prazer da análise tempera de orgulho, eis, como psicologia, dois elementos notáveis do humour. Ele não constitui critério de escola, não representa sequer um gênero, de regras fixas: é antes oposição aos gêneros a consciência do escritor sobreposta à norma, o indivíduo exprimindo-se livremente..."
[o trecho citado de Alcides Maya é retirado do livro Machado de Assis: algumas notas sobre o humour. Rio de Janeiro: Jacinto Silva, 1912; o ensaio "Na Casa Verde", de Augusto Meyer, compõe o livro Machado de Assis (1935-1958). Rio de Janeiro: José Olympio, 2008]
Nenhum comentário:
Postar um comentário