7.5.13

Onde se lê Tolstói, Leia-se Euclides

O trecho abaixo, do crítico russo Vítor Schklóvski, pretende caracterizar a produção literária de Liev Tolstói, um dos maiores escritores do cânone ocidental. As palavras do crítico russo bem poderiam servir para caracterizar a escrita plástica de Euclides da Cunha, escritor fundamental do cânone nacional brasileiro. Eis o trecho de Scklóvski:



       Pode-se aprender com Tolstói aquilo que eu considero uma das maiores realizações da criação literária – a sua plasticidade, o relevo prodigioso da representação.
        Quando se lê Tolstói, resulta – não estou exagerando, falo de impressões pessoais – uma sensação como que da existência física de suas personagens, a tal ponto sua imagem é habilmente talhada; ela parece estar diante de você, dá até vontade de tocá-la com o dedo.
        Isso é que é mestria. [...]
(Apud Schnaiderman, Boris. “Prefácio”. In: Tolstói, Liev. Khadji-Murát. Tradução e prefácio Boris Schnaiderman.
São Paulo: Cosac Naify, 2012, p. 13-4)

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