24.3.12

para relembrar um amigo: Ericson Pires

faz uma semana que a notícia chegou, absurda: o Ericson morreu! realmente absurda! como acreditar que aquela figura enérgica desapareceria assim, num quarto de hospital, sem um último passeio pela cidade que o constituia e um último abraço nos amigos desatentos. absurda, mas insistente em sua verdade inconsequente. pra fazer dançar um pouco a memória em luto, eis uma pequena composição do Ericson, retirado do seu livro cinema de garganta (azougue editorial, 2002).

papel reciclado

O poeta é um
catador

senões incrustados

peito que brilha

papelão e garrafas

nu mar
de palavras

Um comentário:

Glaísa. disse...

Ausências são presenças sempre constantes. Em todo caso, luz pra quem ficou ou partiu.