Em poucos anos
percorrestes os séculos
Que medeiam entre
o Gênese e o Apocalipse.
O germe da poesia,
essencial ao teu ser,
Se prolongará
através das gerações.
Eras sábio,
vidente, harmonioso, forte:
Mas atrás de ti,
que visavas o eterno,
Se erguiam o tempo
e as muralhas da China.
Morres lúcido aos
trinta e três anos,
Quando se fecha
uma idade e se abre outra.
Morres porque nada
mais tens que aprender.
(trecho de
“Ismal Nery”, poema de Murilo Mendes, publicado em Tempo e
eternidade, livro de 1935)
Autorretrato, de Ismael Nery. |
Baia de Guanabara, por Ismael Nery. |
Murilo Mendes a frente de tela de Ismael Nery. |
Autorretrato, de Ismael Nery. |
Murilo Mendes e Ismael Nery. |
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