Machado de Assis – um crítico malogrado?
– entre duas famílias espirituais de escritores: criadores e críticos (a verve e o gosto);
– “O gênio literário é aquele que se move indistintamente nos dois terrenos e em ambos se sente perfeitamente à vontade.” (Tristão de Ataíde).
O ideal do crítico no alvorecer de sua vida literária:
– padrão que guiou toda a produção crítica subsequente de Machado;
– a crítica como “um dos poderes na República das Letras” (poder judiciário).
As qualidades necessárias para a atividade crítica e as suas chagas:
– ciência, urbanidade, consciência, perseverança, coerência, tolerância, independência e imparcialidade;
– “as três chagas da crítica de hoje: o ódio, a camaradagem e a indiferença”.
Crítico malogrado ou gênio literário?
– entre um temperamento de tímido e as exigências da crítica como magistratura literária;
– “Que fez? Fundiu o crítico no romancista.” (Tristão de Ataíde).
Obs.: “Para Machado o Poder Legislativo, nessa República, era representado pelos Clássicos, pela Tradição, pelas ‘leis poéticas’, pela Gramática. O Poder Executivo eram os autores, em prosa ou verso. E o Poder Judiciário, os críticos.” (Tristão de Ataíde, p. 780)
[Nota de aula sobre a produção crítica de Machado de Assis, ministrada na disciplina Literartura Brasileira II. Os trechos citados de Tristão de Ataíde foram retiradas de "Machado de Assis, o crítico", introdução aos textos enfeixados sob o título "Crítica", do volume 3 das Obras completas de Machado de Assis, editora Nova Aguilar (1997).]
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