faz uma semana que a notícia chegou, absurda: o Ericson morreu! realmente absurda! como acreditar que aquela figura enérgica desapareceria assim, num quarto de hospital, sem um último passeio pela cidade que o constituia e um último abraço nos amigos desatentos. absurda, mas insistente em sua verdade inconsequente. pra fazer dançar um pouco a memória em luto, eis uma pequena composição do Ericson, retirado do seu livro cinema de garganta (azougue editorial, 2002).
papel reciclado
O poeta é um
catador
senões incrustados
peito que brilha
papelão e garrafas
nu mar
de palavras
Um comentário:
Ausências são presenças sempre constantes. Em todo caso, luz pra quem ficou ou partiu.
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