19.10.14

Literatura fundamental: Stephane Mallarmè


A pesquisadora Rosie Mehoudar fala sobre a obra e a vida do poeta francês Stephane Mallarmè,
um dos gurus do movimento simbolista, se é que ele existe
(como questionam Paul Valéry e Paulo Leminski).



7.10.14

Literatura fundamental: Arthur Rimbaud

Mais uma edição do programa Literatura Fundamental, projetado neste picadeiro, agora sobre a obra de Arthur Rimbaud, por Maurício Salles Vasconcelos. Aqui mesmo reproduziu-se anteriormente a edição dedicada a Flores do Mal, conduzida por Álvaro Faleiro. Confira para conhecer mais sobre "um vagabundo genial"  que foi crucial para a revolução moderna da poesia ocidental.


3.10.14

Palavra e Utopia, de Manoel de Oliveira

Para quem deseja imaginar a atuação de Padre Antônio Vieira com o auxílio de imagens em movimento, vale conferir o filme Palavra e Utopia (2000), do cineasta português Manoel de Oliveira.



O discurso engenhoso de Padre Antônio Vieira

         
              [...]
          A palavra "engenhoso" me parece muito própria para indicar o gênero do discurso de que tratarei aqui. No sentido em que a emprego, é uma palavra muito frequente no século XVII em Portugal, na Espanha e na Itália. O Pe. Bouhours, um dos teóricos do discurso "clássico", a usou, a seu modo, para caracterizar especialmente a maneira de expressão que condenava nos italianos e espanhóis, chamados, hoje, por nós, de "barrocos". Poderia eu também escolher a palavra "agudo" que se encontra, ao lado de engenhoso, no título do célebre trabalho de Gracían [trata-se da Arte de ingenio, tratado de la agudeza]. Mas "agudo" e "agudeza" parecem-me convir melhor aos resultados que os processos "engenhosos" procuram obter. Todo discurso "engenhoso" se ordena em função de uma "agudeza", que ele prepara e serve. A palavra "barroco", que também poderia ser usada, engloba um conjunto de atitudes e processos que ultrapassam largamente o campo semântico de "engenhoso". E o que eu desejaria mostrar, sobretudo, é que o essencial do barroco, no que se refere à literatura, reside justamente no "discurso engenhoso".
              [...]

(Saraiva, Antonio J. O discurso engenhoso: estudos sobre Vieira e outros autores barrocos.
São Paulo: Perspectiva, 1980, p. 8)